A Romênia do comunismo à democracia

A Romenia do comunismo a democracia

A Romênia, embora seus fantasmas, está lutando para ser um país mais democrático e economicamente estável.

Neste post vamos ver uma história bem concisa do país. Seu passado turbulento e seu presente próspero cheio de planos para o futuro.

1 – ONDE FICA A ROMÊNIA

Imagem: Mapa Mundi

A Romênia é o maior país da Península dos Bálcãs, na Europa oriental, e fica às margens do Mar Negro, a Sudeste. Faz fronteira com a Bulgária, a Sérvia, a Hungria, a Ucrânia e a Moldávia. Bucareste é a capital e a maior cidade.

No sistema político, a Romênia adota um regime semipresidencialista, em que o chefe de governo é o primeiro-ministro e o chefe de Estado é o presidente. O Poder Executivo é exercido pelo governo e pelo presidente (UNIÃO EUROPEIA). Atualmente, Klaus Iohannis é o presidente e Florin Citu é o primeiro-ministro.

2 – O INÍCIO DO COMUNISMO

Wikipedia – Ion Antonescu

Na década de 1940, os romenos, ainda sob uma monarquia comandada pelo Rei Carlos II e depois pelo filho Miguel I, veem seus monarcas renunciarem ao trono, deixando o poder para o então primeiro-ministro, Ion Antonescu, reflexo da ascensão do Partido Comunista. Assim, foi criada a República Popular da Romênia, inicialmente alinhada aos ideais da União Soviética

O Partido Comunista ficou no poder de 1947 a 1989. Inicialmente, a Romênia, adepta do bloco socialista da Guerra Fria, isolou-se não apenas do mundo ocidental, mas também da Romênia do passado que tentou veementemente conectar-se com o mundo moderno do ocidente e ser uma moderna civilização.

Contudo, líderes do Partido Comunista enxergavam cada vez mais a necessidade de seguir um modelo comunista próprio, menos dependente da influência soviética, mesmo sabendo dos riscos. Gheorghiu-Dej, secretário-geral do Partido Comunista, primeiro-ministro e presidente do país, foi peça chave nesse processo na primeira metade da década de 60.

3 – A ERA CEAUSESCU

A morte de Gheorghiu-Dej, em 1965, provocou uma inevitável disputa pela sucessão como secretário-geral do Partido Comunista, cargo que respondia pelo status de um chefe de governo. No final, fechou-se um compromisso em torno de Nicolae Ceausescu, então com 47 anos, o mais jovem líder comunista do mundo e um fiel discípulo de Gheorghiu-Dej. Inicialmente, ele se preocupou em consolidar seu poder e reduzir o de seus rivais, especialmente os da antiga geração.

Em 1974, Ceausescu tornou-se presidente e o país passou a se chamar República Socialista da Romênia. Sua popularidade aumentou, bem como o número de países com os quais estabeleceu relações diplomáticas (de 1965 a 1985, os países que mantinham relações com a Romênia passaram de 67 para 138). Outras marcas foram a postura de um líder cada vez mais independente, embora comunista, nos moldes do general Joseph Tito, da Iugoslávia, além da figura do culto à personalidade.

Mas os caprichos de Ceausescu custaram caro, e todo esse lado populista mudou radicalmente e o então líder aparentemente carismático passou a mostrar um caráter autoritário, especialmente na década de 80, diante da insatisfação popular com a drástica situação econômica e social do país, que culminou em restrições à liberdade de expressão e a represálias contra aqueles contrários às suas políticas.

Mesmo em um momento em que os países do leste europeu conviviam com a queda de seus regimes, nada foi suficiente para sensibilizar Ceausescu nem fazê-lo repensar algumas linhas ideológicas. Pelo contrário, apesar da insatisfação cada vez mais acentuada dos romenos, ele mantinha seu discurso fingido de crescimento econômico, o que não era nenhum pouco notório quando, na contramão, via-se uma população infeliz.

A chegada de uma revolução era apenas questão de tempo, pois fatos como a queda do Muro de Berlim e a renúncia de Mikhail Gorbachev ao comando da União Soviética eram um prenúncio do que estava por vir na Romênia com o fim da Guerra Fria. Ceausescu ainda tentou combater os rebeldes com repressão, mas o cerco a ele se fechava cada vez mais.

Os protestos que começaram em dezembro de 1989 em Timisoara, promovidos por estudantes em uma das principais cidades universitárias do país, logo se alastraram pelo país e chegaram a capital Bucareste, onde a situação de Nicolae Ceausescu era insustentável e assunto no noticiário internacional, embora o governo tenha tentado restringir os meios de comunicação. No entanto, a situação daquele país chegou a um nível em que nem o Exército, que até então foi responsável por diversas mortes de manifestantes, não se opôs. A autoridade de Ceausescu era inócua e ele e sua esposa Elena tentaram a fuga como último recurso, mas foram capturados e executados.

4 – A DEMOCRACIA

Depois de meio século sob o monopartidarismo (leia-se Partido Comunista), o pluripartidarismo estava de volta à Romênia, seja com legendas históricas restabelecidas ou com grupos doutrinários que abraçavam a defesa de diversas causas. Em 1º de fevereiro de 1990, um mês após o fim da revolução romena, já haviam 30 partidos legalizados. Mas o país ainda passaria por uma fase de grandes turbulências políticas na década de 1990.

Ion Iliescu foi o primeiro presidente eleito pós-regime, que liderou uma formação política provisória logo após o fim da Era Ceausescu. Ele venceu o pleito presidencial em maio de 1990 por essa formação que se registrou como partido e que enfrentaria nova prova de fogo contra protestos capitaneados por outros partidos que não aceitariam facilmente essa derrocada diante da ausência de líderes de maior peso político e que adotaram o discurso anticomunismo, com uma linha ideológica pró-ocidente, mas defendendo a volta da monarquia.

Em 2004, a Romênia passou a integrar a Organização do Tratado Atlântico Norte (OTAN). Três anos depois, em 2007, entrou para a União Europeia, graças aos avanços institucionais em seu sistema político e ao desejo de crescer economicamente. E o discurso pró-democrático tem feito parte do esforço romeno nos últimos anos, rendendo ao país, pela primeira vez, a presidência semestral da União Europeia, em 2019, mesmo diante de preocupações com as medidas do governo para promover reformas anticorrupção. “Vamos mostrar que a Roménia merece o respeito da Comunidade Europeia”, disse Viorica Dancil, ex-primeira-ministra, ao assumir o comando do bloco.

5 – A ROMÊNIA HOJE

A Romênia ainda vive alguns fantasmas do passado e algumas questões precisam ser esclarecidas, como os crimes ocorridos no passado na Era Ceausescu, sendo que alguns até hoje não foram elucidados e muitos foram prescritos. Além dos familiares das vítimas das atrocidades do ditador que ainda esperam por justiça, mesmo depois de várias décadas longe do regime comunista.

Voltando aos tempos atuais, a democracia frequentemente é posta à prova. O país ainda se vê às voltas com notícias sobre corrupção e as medidas para combatê-la geram preocupação na comunidade internacional, como ocorreu no ano passado com a demissão do primeiro-ministro Ludovic Orban, pelo Parlamento do país, acusado de tentar modificar a lei eleitoral por conta própriia.

Texto adaptado de: Dois Níveis.

6 – FREE TOURS EM BUCARESTE

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7 – LIVROS PARA SABER MAIS SOBRE ROMÊNIA

8 – PASSEIOS

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