
A Sicília é uma ilha cheia de história e influências de diversos povos.
Se fosse uma pessoa, seria alguém que já viveu de tudo: aventuras, conquistas, desafios e transformações. Vou contar essa história de um jeito fácil e sem complicação!
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OS PRIMEIROS POVOS E OS GREGOS
Lá atrás, bem antes de Cristo, século III a.C, a Sicília já era habitada por povos nativos, como os sicanos e os élimos. Mas os primeiros estrangeiros que realmente marcaram a ilha foram os gregos, que chegaram por volta do século VIII a.C.
Eles fundaram cidades importantes como Siracusa, que virou um dos lugares mais poderosos do mundo grego. Para você ter uma ideia, Arquímedes, aquele cara do “Eureka!”, nasceu lá.
O que ficou de legado?
Ruínas de templos gregos em Agrigento, teatros incríveis em Siracusa e a cultura grega influenciou o idioma e a comida (até o azeite e o vinho vêm dessa época!).

OS ROMANOS TRANSFORMAM A ILHA
Os romanos (séc. III a.C. – séc. V d.C.), perceberam que a Sicília era perfeita para produzir comida, especialmente trigo, e tomaram a ilha dos cartagineses (inimigos deles). Assim, a Sicília virou uma grande fazenda de Roma.
O que ficou de legado?
As estradas e aquedutos romanos que ainda existem e a importância da Sicília como produtora de alimentos, algo que dura até hoje.

MUDANÇAS: BIZANTINOS, ÁRABES E NORMANDOS
Depois da queda do Império Romano, a Sicília passou pelas mãos de vários povos (séc. V – XII)
*Bizantinos: Trouxeram a arte dos mosaicos (como os da Catedral de Cefalù).
*Árabes: Dominaram a ilha no século IX e trouxeram técnicas agrícolas, sistemas de irrigação e novas palavras para o siciliano.
*Normandos: No século XI, chegaram os normandos (um povo da Europa do Norte) e misturaram tudo: cristianismo, cultura árabe e estilo europeu.
O que ficou de legado?
Arquitetura única, como a Catedral de Monreale, com mosaicos árabes e normandos e Palavras árabes no dialeto siciliano, como zagara (flor de laranjeira).

ESPANHÓIS, REVOLTAS E O FIM DA MONARQUIA
A Sicília virou parte de impérios maiores, como o Espanhol e depois o Bourbon (Napolitano) (séc. XIII – XIX). O problema? Os governantes não se importavam muito com a ilha, e o povo ficou pobre e insatisfeito.
Isso levou a revoltas e, no século XIX, Giuseppe Garibaldi ajudou a unir a Sicília ao Reino da Itália.
O que ficou de legado?
Forte identidade regional e orgulho do povo siciliano e Tradições populares, como a Ópera dos Fantoches Sicilianos.

SÉCULO XX: GUERRAS, MÁFIA E RENASCIMENTO
Na Segunda Guerra Mundial, a Sicília foi um dos primeiros lugares libertados pelos Aliados (EUA e Reino Unido). Mas um problema antigo cresceu: a máfia, que ficou mais poderosa após a guerra.
Nos anos 1990, o governo italiano começou a combater a máfia com mais força. Hoje, a Sicília tenta deixar esse estigma para trás e valorizar sua cultura, gastronomia e turismo.
O que ficou de legado?
Turismo baseado na história e na cultura (Palermo, Taormina, Valle dei Templi), Comida incrível, como arancini (bolinho de arroz recheado) e cannoli, Um movimento forte contra a máfia, com organizações como Addiopizzo, onde estabelecimentos tinham um selo escrito ” Addiopizzo” (Pizzo era uma “taxa” cobrada pela máfia aos comerciantes locais) e, estabelecimentos com esse selo, nao davam propina à máfia.

SICÍLIA HOJE
A Sicília é como um museu a céu aberto, com marcas de todas as civilizações que passaram por lá. Mas mais do que isso, é um lugar onde as pessoas mantêm vivas suas tradições, desde a culinária até o dialeto local.
Se você for à Sicília hoje, vai ver tudo isso nos mercados de Palermo, nas ruínas gregas de Agrigento, nas igrejas barrocas de Catania e nas praias de águas cristalinas.
A ilha, que já foi conquistada por tantos povos, agora conquista quem a visita.
